Não há o que se falar de negligência, imprudência ou imperícia que possa configurar qualquer descuido por parte da doutora em relação aos partos que ela conduziu profissionalmente.
Matheus Chiocheta, advogado da obstetra
“Custou a vida do meu filho”. Bianca Angelim, uma das pacientes que denunciam a obstetra, narra que tem hipertensão e que foi induzida a dizer que não tinha para que não fosse encaminhada à UTI. Durante troca de mensagens no Whatsapp, Bianca acabou convencida. A criança morreu durante o parto.
Larissa Kaehler, paciente com gravidez de alto risco, teve pré-eclampsia (hipertensão gestacional) e aponta um grave erro na atuação da médica. Ao Fantástico, a mulher contou que seu parto durou 12 horas e que a médica usou um aparelho vácuo-extrator, para puxar o bebê, de forma indevida — indo na direção contrária do que diz a literatura médica. O equipamento foi usado sete vezes, segundo ela, enquanto o ideal é no máximo quatro vezes.
Ao fim, com os batimentos cardíacos do bebê comprometidos, uma cirurgia cesariana foi realizada. “Ele nasceu morto, eu percebi que alguma coisa tinha dado terrivelmente errado, porque eu vi as médicas gritando pedindo adrenalina, iniciar uma manobra para ressuscitar ele”, contou ela. A criança foi reanimada, e os pais monitoram de perto se ela ficou com alguma sequela.
Outra paciente relatou que teve uma artéria costurada ao ureter, que liga o rim à bexiga. Roberta Mendes contou que teve muitas dores e dificuldade para respirar após o processo. Ao contratar um perito médico, ela constatou que houve um “erro cirúrgico, imprudência e imperícia” por parte da equipe contratada por Beatriz Herief. Seu bebê também nasceu de cesariana.
A médica Isadora Bueloni disse que se sentiu traída porque a obstetra usou um hormônio para intensificar contrações uterinas sem seu consentimento.
noticia por : UOL