
Pedro Pimenta, juiz federal de Belo Horizonte, foi um dos que vieram prestar homenagem. Estava em Roma desde os últimos dias de vida do pontífice e, na última sexta-feira, rezou na Capela Sistina.
Pedi a Deus que iluminasse os cardeais para escolherem um papa como Francisco: misericordioso, bondoso, próximo dos pobres, dos miseráveis, dos excluídos.
Pedro Pimenta, juiz
Diante da tumba, Pedro se emocionou. “A simplicidade de Francisco é um ensinamento sobre como estar junto de Deus. Não é o luxo que nos aproxima Dele, mas a humildade e o serviço.” O juiz federal ainda expressou um desejo: “Que o próximo papa continue esse caminho, especialmente no reconhecimento das mulheres. Maria Madalena já morreu há mais de 2.000 anos, e mesmo assim a igualdade dentro da Igreja ainda é um desafio”.
Lia Pimenta, de 48 anos, viajou de Alcobaça, Portugal, para acompanhar cada cerimônia desses dias de despedida. “Estamos aqui desde quinta-feira. Fizemos questão de viver cada momento e hoje, antes de voltarmos para Portugal, viemos cedo ver o papa na sua última morada.”
Ao chegar diante da sepultura, Lia mal encontrou palavras para descrever o que sentiu. “É uma gratidão imensa, uma paz interior, um carinho, um amor que não se explicam, só se sentem.” Para ela, Francisco deixa mais do que lembranças: “Ele nos ensinou, até na morte, a importância da simplicidade e do amor. Essa tumba sem pompa é um convite para sermos um pouco de Francisco todos os dias, no amor que damos aos outros – e também a nós mesmos”.
noticia por : UOL