DO REPÓRTERMT
Duas pessoas foram presas, no Distrito Federal, durante a 6ª fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (14). A ação apura um suposto esquema de venda de decisões judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Os alvos foram presos por atrapalharem as investigações.
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Foi identificado uma rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas “propinas” lançadas para a compra de decisões judiciais, de modo a romper a vinculação direta entre o agente corruptor e o servidor público corrompido.
Segundo a Folha de S.Paulo, um dos presos nesta quarta-feira seria o operador financeiro do lobista de Mato Grosso Andreson Gonçalves. O homem teria recebido transferências bancárias de R$ 6,5 milhões de uma empresa de Andreson e sacado uma parte do valor.
Nessa terça-feira (13), a polícia deflagrou a 5ª fase da operação. Com 11 ordens de busca e apreensão expedidos pela Supremo Tribunal Federal (STF), a ação teve como alvos operadores, laranjas e empresas envolvidas no esquema de venda de sentenças. Na decisão, o ministro Cristiano Zanin ainda determinou o sequestro de R$ 20 milhões dos alvos e os proibiu de deixar o país.
Um dos alvos foi o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) Ussiel Tavares.
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Em nota, Ussiel diz que não recebeu a decisão que embasou o pedido de busca e apreensão e que desconhece os motivos da ação.
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Operação Sisamnes
A investigação teve início após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, em Cuiabá. Informações encontradas no celular da vítima apontaram a existência do esquema.
Nas fases anteriores da operação, dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso — João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho — foram afastados e monitorados por tornozeleira eletrônica. O lobista Andreson de Oliveira Gonçalves também é investigado por supostamente intermediar as negociações.
FONTE : ReporterMT