Chega de INSS: agora é a vez de o Ministério da Cultura se meter em confusão

Todo mundo já cansou de ouvir sobre o roubo contra aposentados e pensionistas do INSS. E como no Brasil ninguém brinca em serviço, está na hora de outro escândalo. Dessa vez é com o Ministério da Cultura (MinC), que teve uma licitação estimada em R$ 19 milhões por ano barrada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com suspeita de sobrepreço e falhas na definição de quantidades e especificações de serviços. 

Mas as bizarrices não param por aí. No campo do petróleo, a bola da vez é a comercialização desde o ano passado de mais de US$ 1 bilhão em produto da Venezuela para a China como se fosse petróleo brasileiro, enviado diretamente do Brasil. A ideia seria driblar sanções dos Estados Unidos ao petróleo venezuelano, por conta da ditadura de Nicolás Maduro. País corajoso esse nosso. 

Assista ao comentário de Thiago Melo sobre esses temas em mais uma edição do programa Em Baixa.

TCU manda MinC parar licitação suspeita

O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu uma licitação milionária do Ministério da Cultura (MinC). A licitação estava estimada em R$ 19 milhões por ano, o que poderia totalizar até R$ 152 milhões ao longo de uma década.

A decisão foi motivada por indícios de sobrepreço e diversas irregularidades graves. Auditorias apontaram valores muito acima dos praticados por outros órgãos e potenciais sobrepreços alarmantes em itens específicos. Além disso, a desclassificação da menor oferta tornou o contrato R$ 5,2 milhões mais caro.

A licitação já estava sob avaliação do TCU, mas o Ministério da Cultura insistiu em dar continuidade ao processo ao longo dos últimos meses. Nesta quarta (14), no entanto, o TCU mandou barrar o pregão e está investigando mais a fundo antes de decidir sobre a anulação ou ajuste da licitação.

Petróleo venezuelano com fachada brasileira

Uma reportagem recente da Reuters, baseada em dados de rastreamento de petroleiros e fontes comerciais, levanta a suspeita de que empresas estariam exportando petróleo da Venezuela para a China, disfarçado como produto brasileiro.

A prática, que teria movimentado mais de US$ 1 bilhão, começou em meados de 2024 e permitiu que navios evitassem sanções dos EUA contra o petróleo venezuelano, além de reduzir custos e tempo de viagem.

Uma das provas da fraude seriam dados da alfândega chinesa indicando que a China importou cerca de 67 mil barris por dia (bpd) de betume misto do Brasil entre julho de 2024 e março de 2025, mas dados da alfândega brasileira não mostram exportação de mistura betuminosa para a China desde pelo menos 2023.

noticia por : Gazeta do Povo

sábado, 17, maio , 2025 02:46
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