A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou por unanimidade, na noite de quarta-feira (14), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão, além da perda do mandato, por invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e falsidade ideológica.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) diz que Zambelli comandou a invasão e agiu com o auxílio do hacker Walter Delgatti Neto, que também foi condenado, a oito anos de prisão. Em uma entrevista nesta quinta (15), Zambelli falou que foi condenada sem provas e que seus médicos dizem que ela não sobreviveria na cadeia, porque tem doenças como depressão.
A decisão contra a parlamentar ocorre num momento de atritos entre o Supremo e a Câmara, que tentou suspender a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) por participar da trama golpista do 8 de janeiro —uma medida que foi derrubada pela Primeira Turma e que, agora, pode ir a plenário. O PL também já pediu que a ação contra Zambelli seja suspensa.
No episódio desta sexta-feira (16), o Café da Manhã discute o impacto da condenação da parlamentar. O repórter da Folha em Brasília Cézar Feitoza explica a repercussão que o caso pode ter nas tensões entre Câmara e Supremo e no bolsonarismo.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores e Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz, Lucas Monteiro e Maurício Meireles. A edição de som é de Thomé Granemann.
noticia por : UOL