Com 18 tiroteios em um ano, escola de São Gonçalo foi a mais impactada, aponta o relatório. O relatório não revelou o nome dessas unidades para evitar estigmatização.
Somadas, três instituições de ensino na Penha, zona norte do Rio, tiveram 44 confrontos em 2022. Escolas públicas na Pavuna, Cidade de Deus, Bangu, Jacarezinho e Complexo da Maré, todas na zona norte da capital fluminense, também tiveram alta concentração de ações do tipo.
O que dizem os pesquisadores
Temos uma grande incidência de tiroteios em áreas sob controle armado, com influência negativa nos processos educacionais em ações por disputa de território ou em enfrentamento com as forças policiais. O acesso à educação é impactado pela violência armada no Rio de Janeiro.
Daniel Hirata, Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF
Essa situação reforça a necessidade de promover maior integração entre políticas de segurança pública e educação para lidarmos com os efeitos do controle territorial armado no acesso à educação.
Flavia Antunes, chefe do escritório do Unicef no Rio de Janeiro
Hoje, podemos identificar padrões da violência armada no Rio, que podem ajudar a priorizar áreas de intervenção do poder público e que demonstram como a participação da polícia nos confrontos pode ser decisiva em alguns locais.
Maria Isabel Couto, diretora do Instituto Fogo Cruzado
noticia por : UOL