Italianos votam em referendo sobre medida para facilitar aquisição de cidadania

A primeira-ministra Giorgia Meloni, líder do partido de extrema direita Fratelli d’Italia (FDI), que chegou ao poder em 2022 com uma plataforma anti-imigração, declarou-se “absolutamente contra” a medida. Os partidos de sua coalizão instaram seus eleitores a não participarem do referendo, pois, para que o voto seja válido, é necessária uma participação de mais de 50%.

Para Giorgia Meloni, a atual lei da nacionalidade é “excelente” e “muito aberta”. “Somos uma das nações europeias com o maior número de naturalizações”, enfatizou na quinta-feira (5). Segundo o instituto de estatísticas europeu Eurostat, Roma concedeu a nacionalidade italiana a 213.500 pessoas em 2023, um quinto de todas as naturalizações na União Europeia. Em março, o governo restringiu o acesso à naturalização com base em laços consanguíneos, tornando elegíveis apenas estrangeiros com avós ou pais italianos, enquanto anteriormente era possível rastrear a ascendência até os tataravós.

Mesmo que o “sim” vença, a regra de que crianças nascidas na Itália de pais estrangeiros não podem solicitar a cidadania até completarem 18 anos permanecerá inalterada.

Proteção trabalhista

O referendo também inclui questões sobre uma proposta para abolir quatro leis de liberalização do mercado de trabalho. Essa consulta está sendo solicitada pelo sindicato CGIL (de esquerda), a principal confederação sindical do país, que também coletou as 500.000 assinaturas necessárias para a realização da votação.

O sindicato espera restabelecer as proteções contra contratos precários, demissões e acidentes de trabalho, que haviam sido removidas no passado.

noticia por : UOL

domingo, 8, junho , 2025 11:10
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