O quadro de funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) sofreu uma redução de 16% em dez anos, na contramão do crescimento da frota de veículos em São Paulo.
A CET, que fechou 2024 com 3.600 funcionários, já registrou um efetivo com 4.275 profissionais em 2014.
Há uma debandada de agentes e gestores responsáveis pelas fiscalizações no trânsito. Para estas atividades operacionais, a companhia conta com 2.066 servidores, ante os 2.404 em 2014.
Por outro lado, a cidade recebeu mais de 1,2 milhão de veículos neste período, fechando 2024 com 7.916.311 automóveis e motos cadastrados, segundo o Detran.
Em dezembro de 2023, após quase 16 anos sem concurso, a CET homologou edital com a convocação de 2.000 candidatos ao cargo de agente e 254 para função de gestor.
No entanto, a gestão Ricardo Nunes (MDB) admitiu apenas 193 agentes e 50 gestores.
Outro ponto de alerta na companhia é a quantidade de afastamentos de servidores —considerando qualquer período, seja um ou mais dias de atestado.
Foram 230 mil afastamentos nos últimos dez anos, com uma média de 28,4 mil afastamentos entre 2022 e 2024, segundo dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.
Ao Painel, a gestão Nunes diz que, para a fiscalização no trânsito, concluiu a atualização de equipamentos eletrônicos e reforçou a atividade a partir de convênios com a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana, com mais de 3.500 PMs e 4.500 GCMs credenciados.
“Com isso, as equipes da CET atuam com foco maior na segurança viária e na fluidez do tráfego, sendo alocadas conforme a dinâmica da mobilidade urbana, considerando o dia da semana, o horário e eventos de grande porte”, diz a prefeitura.
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noticia por : UOL
