'Abin Paralela': governistas e opositores reagem ao indiciamento de Bolsonaro, Carlos e Ramagem

Desde as investigações, o caso é conhecido como “Abin paralela”. A Abin é um órgão destinado à produção de informações estratégicas ao Palácio do Planalto.

O inquérito da PF apurou a existência de um núcleo “paralelo”, com a estrutura do órgão, para a produção de diligências que atendessem a interesses políticos e pessoais de Jair Bolsonaro e seus familiares. Entre as atividades ilícitas da “Abin paralela” estariam, segundo a PF, espionagens ilegais contra opositores do ex-presidente.

Também constam entre os indiciados o atual diretor-geral da Abin, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o número dois do órgão, Alessandro Moretti.

A PF aponta que houve “conluio” entre a atual gestão da Abin e a direção anterior para evitar que os monitoramentos ilegais viessem a público. Corrêa é um nome de confiança do PT e já havia chefiado a PF entre 2007 e 2011, durante o segundo mandato de presidencial de Lula.

A PF também identificou uso do aparato paralelo para atividades do “gabinete do ódio”, revelado pelo Estadão em 2019. O grupo, coordenado por Carlos Bolsonaro, especializou-se em difamar reputações de inimigos políticos de Jair Bolsonaro e disseminar informações falsas nas redes sociais.

Segundo a PF, entre os monitorados de forma ilegal, estão os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-governador de São Paulo João Doria, e os deputados federais Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Maia (União Brasil-RJ), ex-presidentes da Câmara.

noticia por : UOL

terça-feira, 17, junho , 2025 10:01
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