O acordo ocorre em um momento em que formuladores de políticas e reguladores bancários de ambos os lados do Atlântico debatem até que ponto as mudanças climáticas devem ser incorporadas às políticas dos bancos centrais. Essa disputa, segundo analistas, provavelmente moldará a tomada de decisões dos bancos centrais ao redor do mundo.
Na Europa, os legisladores redobraram os esforços para lidar com os riscos relacionados ao clima, com o Banco Central Europeu tornando a gestão de riscos climáticos uma prioridade fundamental. Nos Estados Unidos, os esforços foram reduzidos ou arquivados.
O grupo de presidentes de bancos centrais e chefes de supervisão, que compõem o órgão de supervisão do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, também disse que publicará uma estrutura de divulgação voluntária sobre riscos financeiros relacionados ao clima, para que as jurisdições considerem.
Embora o Comitê de Basileia não tenha autoridade internacional nem poderes de execução, seu trabalho sobre o clima define padrões internacionais que têm forte influência na formulação de regras nacionais.
Analistas dizem que seu pensamento está mais alinhado ao dos reguladores europeus e britânicos, que estão tomando medidas para integrar os riscos climáticos às expectativas de supervisão dos bancos.
Nos EUA, porém, nos últimos anos o Federal Reserve tomou algumas medidas para integrar as mudanças climáticas em seu trabalho por meio de análises e relatórios preliminares, mas o chair Jerome Powell insistiu repetidamente que o Fed tem um papel limitado a desempenhar.
noticia por : UOL