Paciente agredido em hospital de SP diz sofrer de transtorno bipolar e que ataques pioraram quadro

O paciente agredido por um segurança dentro do Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo, no ABC, disse que sofre de transtorno bipolar e que as agressões pioraram seu quadro de saúde.

Ele registrou boletim de ocorrência e pediu que a conduta dos segurança seja investigada.

O caso ocorreu na madrugada de quarta-feira (21). O paciente, um motorista de 53 anos, foi levado à unidade de saúde após sofrer um acidente.

No registro policial, ele relata que apresentava agitação emocional, agravada pelo quadro de bipolaridade, depressão, ansiedade e uso de medicação controlada.

O motorista explicou no boletim de ocorrência que estava sentado em uma cadeira de rodas, mas tentou se levantar por estar agitado. Ele contou que foi nesse momento que o segurança o empurrou para que permanecesse sentado e que foi contido no chão de forma desproporcional e agressiva.

Segundo o paciente, que também usava um colar cervical, a agressão piorou seu estado emocional, mas mesmo assim não teve atendimento especializado. Ele afirma que a polícia foi chamada, que foi algemado, sedado à força, sem que os protocolos adequados para pacientes psiquiátricos fossem seguidos.

Imagens de câmeras de segurança mostram uma sequência de empurrões e chutes do funcionário contra o paciente, que caiu no chão. O segurança fez gestos ameaçadores contra o paciente. Outro segurança se aproximou, mas assistiu às cenas de violência sem interferir.

Na sequência, o paciente se levantou e foi atingido com soco, chute e jogado no chão novamente pelo segurança.

A Prefeitura de São Bernardo do Campo disse que repudia os atos de violência praticados pelos vigias terceirizados. A empresa de segurança foi notificada pela gestão Marcelo Lima (Podemos), e os seguranças, desligados.

“Serão reforçadas as orientações e treinamentos para todos os colaboradores de segurança e controladores de acesso”, afirma a gestão em nota.

“A Prefeitura de São Bernardo reitera que não compactua com nenhum tipo de violência e que todas as medidas administrativas estão sendo tomadas para que essa triste situação não se repita e para que os envolvidos sejam exemplarmente punidos”, completa.

A empresa Verzani & Sandrini, responsável pelos seguranças, repudiou o episódio.

“A empresa repudia qualquer forma de violência e não compactua com condutas que violem a ética, o respeito e a integridade. Os envolvidos foram afastados por tempo indeterminado após apuração dos fatos”, afirmou.

A empresa afirmou que todos os colaboradores passam por treinamentos e são acompanhados pela área de conformidade, para garantir o cumprimento das normas da empresa.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) afirmou que a Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência e que a vítima não ficou ferida.

noticia por : UOL

sábado, 24, maio , 2025 02:31
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