Não existe consenso na Casa Real das Duas Sicílias. O último monarca que realmente ocupou o trono foi Francesco 2º até 1861, quando invasões sucessivas e a unificação italiana colocaram um fim ao seu reinado. Quando o sobrinho do último rei, o príncipe Ferdinando Pio de Bourbon, morreu em 1960 sem herdeiros, um imbróglio começou para resolver a sucessão.
O sobrinho de Ferdinando, Alfonso, se tornou seu sucessor segundo as regras de primogenitura. Mas o irmão do falecido príncipe, Ranieri, contestou o direito de Alfonso porque o pai dele havia abdicado das Duas Sicílias para se casar com a princesa espanhola Mercedes, sua mãe. Alfonso considerou que a regra, explícita no Ato de Cannes (1990), só valia se o pai ainda estivesse vivo e tentasse ascender ao trono. E a briga começou.
Até hoje, os descendentes de Alfonso e Ranieri disputam quem seria o rei das Duas Sicílias e, por isso, “rei da Itália” após a unificação. Instituições espanholas reconhecem, historicamente, os descendentes de Carlos (e, por isso Alfonso) como legítimos herdeiros ao trono.
Este é o caso de Pedro de Bourbon-Duas Sicílias, 56. O príncipe é casado com Sofía Landaluce y Melgarejo, bisneta dos duques de San Fernando de Quiroga, na Espanha. Eles têm sete filhos, os príncipes Jaime, Juan, Pablo, Pedro, e as princesas Sofía, Bianca e María.
Nascido e criado em Madri, ele tem perfil discreto. Pedro teria servido às Forças Armadas da Espanha na Guarda Real e seu primo, o rei Filipe 6º, o nomeou presidente do Real Conselho das Ordens Militares. Ele mantém propriedades da família em La Toledana, além de outras na Espanha e na Áustria, segundo historiadores.
noticia por : UOL