As declarações foram dadas em entrevista a Fábio Zanini e Juliana Arreguy, na Folha de S.Paulo. Descrentes do que estavam ouvindo, os repórteres ainda reforçaram: “Para não haver mal-entendido, quando o senhor diz ‘acho que não’, acha que não houve ditadura ou é porque não tem dúvidas de que houve?” A resposta: “Acho que tudo é questão de interpretação”.
E, depois de atropelar, deu ré e passou por cima de novo: “Eu prefiro não responder, porque acho que há interpretações distintas. E houve terroristas naquela época? Houve também. Então fica aí. Acho que os historiadores é que têm de debater isso. Eu preciso me preocupar, hoje, com Minas Gerais”.
Isso não é relativização, mas negação da ditadura.
O governador tem direito a ter sua opinião pessoal, mas não dobrar os fatos às suas necessidades políticas. Extremistas e políticos manipuladores, grupos sociais guiados por falsos líderes ou pessoas com educação miserável podem defender que o Brasil não viveu uma ditadura, a Terra não é redonda, vacinas não previnem doenças.
Mas a opinião deles não torna os fatos menos verdadeiros, apenas os colocam em uma situação patética diante do resto da sociedade e da História.
Dizem que muita gente faz tudo pelo poder. O que também é fato, não opinião.
noticia por : UOL