Enquanto a mandíbula do baixo vale etíope de Omo, atribuída ao Homo habilis, é “muito diferente à das crianças humanas atuais”, a proveniente da localidade sul-africana de Kromdraai, atribuída ao Homo erectus, “é muito próxima à das crianças humanas de hoje”, afirmou, enquanto exibia moldes das duas ossadas.
Devido à pouca idade das pessoas às quais pertenceram, parece pouco provável que diferenças morfológicas tão características se devam ao meio (modo de vida ou alimentação), como pode ser o caso das ossadas de adultos.
“A comparação de ambas as mandíbulas nos ensina que, desde milhões de anos atrás, tratavam-se de duas espécies totalmente diferentes que coexistiam em alguma parte do continente africano” e que o Homo erectus era mais “próximo de nós” que o Homo habilis, acrescentou o paleoantropólogo francês.
“Estas novas descobertas contribuem para uma visão mais relativizada das origens do gênero Homo”, quando os primeiros representantes da linhagem humana se separaram dos outros grandes símios.
Isto “sugere que as raízes da humanidade são, ao mesmo tempo, mais antigas, diversificadas e ramificadas do que se acreditava até agora”, assinalou o CNRS no comunicado.
noticia por : UOL