Já China, que mantém uma parceria estratégica, porém moderada, com o Irã, destacou a violação da soberania, da segurança e da integridade iranianas. “A China está disposta a desempenhar um papel construtivo para amenizar a situação,” afirmou o porta-voz da diplomacia chinesa, Lin Jian.
Apesar dos pedidos por cautela, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, alertou para a possibilidade de mais ataques pouco após o anúncio do primeiro bombardeio, afirmando que o país continuará a eliminar ameaças.
No início de junho, um relatório confidencial da AIEA afirmouque o Irã quase dobrara a sua produção de urânio altamente enriquecido nos três meses anteriores. Teerã possui agora quase 409 quilos de urânio com grau de pureza de 60% – um aumento de 133,8 quilos em relação à última avaliação trimestral da AIEA, de fevereiro.
Impactos de curto e longo prazo
O diretor da AIEA, Rafael Mariano Grossi, considerou o ataque de Israel “profundamente preocupante”, apontando ao risco de “liberações radioativas com graves consequências” para as pessoas e o meio ambiente dentro e fora do Irã. “Afirmei em repetidas ocasiões que instalações nucleares jamais devem ser atacadas, independentemente do contexto ou das circunstâncias”, disse.
“Ataques como este têm sérias implicações para a segurança nuclear, a proteção e as salvaguardas, bem como para a paz e a segurança regionais e internacionais”, disse ele em nota. “Peço a todas as partes que exerçam o máximo de contenção para evitar uma nova escalada.”
noticia por : UOL